CIRURGIA GENITAL E ESTÉTICA GENITAL MASCULINA
Os tratamentos urológicos interferem rotineiramente na estética genital, especialmente em condições como nas estenoses uretrais e na doença de peyronie. Essa visão ampliada dos conceitos e demandas estéticas vem alterando a forma como a cirurgia genital é encarada pela sociedade médica.
Consensualmente, procedimentos que possam ocasionar sequelas graves não são recomendados. Em contra-partida, existe uma ampla área para abordagem médica, psicológica e até cirúrgica em alguns casos, que pode ajudar um grande número de pacientes.
Algumas das queixas mais comuns, no que se refere a cirurgia genital, estão discutidas separadamente aqui, mas é importante salientar que considerações de auto-imagem e auto-estima tem um carater extremamente individualizado. Paramêtros são necessários, mas não existem regras nas quais o indivuduo e sua saúde (em seu aspecto mais amplo) precisem estar enquadrados. O objetivo é escutar, entender, orientar dentro de perspectivas reais e cientificias, alem de explicar, quando cabível, o que pode ou não ser realizado, dentro de riscos e benefícios individualizados.
Urologia na assisntência ao indivíduo transexual
O transtorno de identidade de gênero define-se por forte identificação com o gênero oposto, associado ao desconforto persistente com o próprio gênero biológico.
Por muito tempo, o tratamento médico a esta condição esteve associada a tratamentos cirúrgicos. Hoje, entende-se que o tratamento médico transdisciplinar é somente mais uma das questões a serem desenvolvidas. Educação social e progresso no entendimento jurídico sobre o tema são algumas das questões que envolvem a liberdade de gênero.
Cabe ao Urologista as cirurgias de adequação genital, denominadas genioplastias.
Existem diversas formas de se realizar a cirurgia de adequação genital. A melhor cirurgia é aquela que atende o desejo do individuo trans expondo ao menor risco possível.
Nenhum procedimento cirúrgico é obrigatório dentro do atendimento individualizado ao transexual.
A indicação de qualquer intervenção que envolva modificação/adequação corporal é fortemente embasada no seguimento da equipe de saúde mental. Apesar do enfoque urológico nas cirurgias de adequação genital, diversos outros procedimentos determinam modificações corporais e devem ser exercidos com os mesmos cuidados de uma cirurgia de adequação genital.

RESOLUÇÃO CFM AO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR
CFM 1955/2010 - Publicada no D.O.U. de 3 de setembro de 2010, Seção I, p. 109-10
Dispõe sobre a cirurgia de transgenitalismo e revoga a Resolução CFM nº 1.652/02. (Publicada no Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília-DF, n. 232, 2 dez.2002. Seção 1, p.80/81)
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e CONSIDERANDO a competência normativa conferida pelo artigo 2º da Resolução CFM nº 1.246/88, publicada no DOU de 26 de janeiro de 1988, combinado ao artigo 2º da Lei nº 3.268/57, que tratam, respectivamente, da expedição de resoluções que complementem o Código de Ética Médica e do zelo pertinente à fiscalização....
No Brasil, somente 04 centros são Habilitados pelo SUS como Unidades de Atenção Especializada no Processo Transexualizador. São elas:
1- Universidade Estadual do Rio de Janeiro - HUPE Hospital Universitário Pedro Ernesto/Rio de Janeiro (RJ)
2- Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Porto Alegre (RS)
3- Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina/FMUSPFundação Faculdade de MedicinaMECMPAS - São Paulo (SP)
4- Hospital das Clinicas - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás/Goiânia (GO)
